Nesta exposição organizada pela Escola de Línguas e Linguagens, o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa une-se à Associação Cultural Ephemera (Biblioteca e Arquivo de José Pacheco Pereira), levando a público a exposição “Linguagens de Liberdade: Comemoração dos 50 Anos do 25 de Abril”.

Com materiais gentilmente cedidos pelo arquivo da Ephemera, a exposição traça um retrato gráfico dos dias que transformaram Portugal numa democracia moderna ao cabo de 48 anos de regime autoritário. Posters, muitos deles com valor histórico-artístico pelo cunho autoral com que estão assinados, primeiras páginas de jornais, ou capas de periódicos internacionais ostentam a linguagem de liberdade (re)encontrada no Portugal que despontava na madrugada de 25 de abril e nos dias subsequentes. Outras imagens falam também esta linguagem de liberdade, nomeadamente a coleção de pins alusivos à data, e alguns graffiti, essa linguagem da rua, igualmente provenientes do espólio da Ephemera.

No chão da exposição, um cravo gigante guia os passos do visitante através das notícias que, nacional e internacionalmente, anunciavam a revolução e uma nova era, desembocando numa flor colorida com os traços de Vieira da Silva ou de Abel Manta e na explosão de cor de posters que dão conta da liberdade. Em fundo correm imagens do documentário coletivo As Armas e o Povo (1976), de que Fernando Matos Silva é um dos realizadores, e dos documentários de Rui Simões, Deus, Pátria e Autoridade (1976) e Bom Povo Português (1981).